terça-feira, 28 de agosto de 2012
Psicologia no Trabalho
Com todos os recursos e conhecimentos possíveis até mesmos profissionais experientes dizem ser de extrema dificuldade prever as ações de insegurança por parte de seus colaboradores. Este problema na verdade pode e deve começar a ser controlado de maneira preventiva, a partir do processo de seleção e contratação. Quando a empresa traça o perfil de um futuro candidato, a mesma baseia-se em aspectos inerentes a função laborativa, por isso reforço de que o mais importante é conhecer o trabalho, a atividade, pois somente desta forma podemos intervir no processo de trabalho de forma proficiente.
Traçar este perfil nos traz a necessidade de contar com a ajudada não só de um psicólogo, mas também de todo o corpo gerencial ao qual responderá o futuro empregado. Devemos investigar todas as atribuições a partir da O.S. (Ordem de Serviço), de maneira cuidadosa para não cometermos erros de incompatibilidade com o perfil a que pretendemos com o que necessitamos. Conveniente seria também entrevistar outros colaboradores que ocupam o mesmo cargo na empresa, para que possamos comparar o perfil descrito na Ordem de Serviço, com as atividades atualizadas e descritas por aquele empregado evitando também a defasagem ou desvio de função, o que é bastante comum em nossa cultura.
Prever o comportamento pode parecer demasiadamente impreciso e subjetivo, e de fato é, todavia devemos colher o quanto antes, informações que sejam pertinentes e posteriormente transformá-las em ações preventivas. Neste caso também esbarramos muitas vezes na capacitação e qualificação da força de trabalho e também de nosso corpo gerencial, encarregado de integrar o colaborador a sua função.
Quando pergunto ao trabalhador que irá ocupar uma função relacionada a trabalhos em altura, se o mesmo tem medo de altura, espero que o mesmo me responda que sim, afinal não queremos ninguém com excesso de confiança, o que de certa forma pode expor o mesmo a riscos e perigos desnecessários. O medo até certo ponto, é sua margem de segurança e concentração, pois se o mesmo não o controla, de fato não há como desempenhar trabalho dessa forma. Tudo tem uma medida certa.
Felizmente hoje o setor de Recursos humanos reconhece que não tem competência exclusiva para determinar este perfil para contratação, todavia ainda sabemos de relatos onde o colaborador ao ser integrado de maneira incorreta, mesmo que perceba, acredita não ser de sua obrigação relatar insegurança em sua admissão.
O papel da Segurança do Trabalho é justamente reunir informações que possibilitem uma integração consciente, pois o treinamento nem sempre pode extrair o que há de errado em colaborador mal capacitado ou até mesmo com vícios adquiridos em uma instituição anterior. Quando damos a nossos colaboradores as ferramentas cognitivas para exercerem as atribuições competentes, também estaremos multiplicando nossos olhos, braços, pernas e voz. Afinal Segurança do Trabalho não se faz sozinha e tão pouco de um dia para o outro.
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Norberto Pereira de Carvalho, Professor Técnico de Segurança do Trabalho, lecionando no Cefae II, Nilópolis, Bombeiro Profissional Civil - CBMERJ, com sólidos conhecimentos nas áreas de Técnologia Industrial e desenho técnico além de formação profissional como Eletricista predial e bons conhecimentos em Elétrica Industrial, com base sólida em Informática.
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Sandro Vergara da Costa, formado como Técnico de Segurança do Trabalho pelo Centro Educacional de Niterói - CEN, possuindo vários cursos pertinentes à área de Segurança do Trabalho, atuando desde sua formatura, em 2005, como consultor, principalmente nas questões de treinamento em grandes empresas de diversas atividades econômicas.
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